Death Stranding 2 On the Beach é a continuação direta do título original de Hideo Kojima, lançado em 2019, pela Kojima Productions.
A sequência mantém a proposta do primeiro jogo, fazer entregas num mundo pós-apocalíptico, atravessar terrenos difíceis e conectar comunidades isoladas. Contudo, como é esperado, o jogo traz muitas novidades, tanto a nível de travessia, ferramentas, combate, etc.
Temas como luto, isolamento, conexão humana e o avanço da tecnologia, continuam presentes neste jogo.
Desenvolvedora: Kojima Productions
Editora: Sony Interactive Entertainment
Plataformas: PlayStation 5 (exclusivo temporariamente)
Género: Ação, Aventura
Ano de lançamento: 2025
História
Acompanhamos Sam Porter Bridges, 11 meses após o final do primeiro jogo. Com a América completamente conectada à rede quiral, as entregas tornaram-se autónomas, substituindo porters humanos.
Sam, que agora vive isolado e foragido da UCA, procura uma vida tranquila e pacífica ao lado da bebé Lou (o BB-28 do primeiro jogo). Contudo, a vida pacífica que Sam procurava é interrompida, e agora, ele terá de expandir a rede quiral para novas regiões e conectar o México e a Austrália.
A história continua difícil de “digerir”, por ter uma trama confusa e usar termos próprios. Ainda assim, a sequência facilitou a compreensão da narrativa com um glossário para explicar os principais termos, dar a conhecer os personagens e a história daquele mundo.
O jogo inclui um resumo dos eventos do primeiro Death Stranding para aqueles que não jogaram ou desistiram da experiência.
Contudo, recomendo fortemente a esses jogadores, a dar uma oportunidade ao primeiro jogo. Apesar de ter uma jogabilidade mais lenta e a progressão ser muitas vezes cansativa, a sua história e ambientação única conectam o jogador aquele mundo e personagens. Essa conexão torna a sequência mais envolvente e marcante.
Jogabilidade
A tarefa de fazer entregas tornou-se mais fácil, pois alguns recursos essenciais para atravessar terrenos difíceis e transportar carga, são apresentados logo no início do jogo (veículos, exo-esqueletos, ferramentas, etc).
O jogador continua a ter a liberdade de restaurar estradas, construir pontes, geradores, tirolesas, etc. Desta forma é possível moldar o mundo e facilitar o transporte e a locomoção. Outra novidade foram os monorails, que permitem transportar grandes quantidades de carga entre instalações.
O jogo mantém o sistema online assíncrono do primeiro, que conecta os jogadores. Assim, as ações de cada jogador como estruturas, sinais e encomendas ficam disponíveis para outros jogadores no seu próprio mundo.
Outra ajuda, é a possibilidade de criar rotas para a entrega. Usando o mapa, o jogador poderá ver que perigos, obstáculos e inimigos se encontram no caminho e criar uma rota em que possa evitá-los. Ainda poderá ser avisado de desastres naturais que estão a afetar aquela área. Sim, a sequência traz um sistema de desastre naturais (terremotos, inundações, tempestades, incêndios, etc…), que podem danificar estruturas, limitar a visibilidade, desequilibrar o jogador e fazê-lo perder carga.
Um ponto em que o primeiro jogo deixou a desejar, foi no seu combate e furtividade, visto que, não havia muitas opções de abordagem. Contudo, aqui somos apresentados a uma variedade enorme de ferramentas incluindo armas variadas, gadgets para distrair o inimigo, luvas e exo-esqueletos de combate. O jogo traz um ciclo de dia e noite que influencia no comportamento e visibilidade dos inimigos, dando ao jogador possibilidade de usar uma abordagem mais furtiva.
Visual e Ambientação
O visual de Death Stranding 2 é impressionante. Os cenários usam texturas quase fotorealistas e um grande nível de detalhes, criando uma atmosfera imersiva que traz a sensação de estarmos realmente a atravessar aquele mundo.
A região da Austrália, tem uma variedade de biomas (desertos, florestas densas, zonas costeiras, etc). A sua ambientação mistura beleza e hostilidade.
Os modelos dos personagens também foram criados com altíssimo nível de detalhes e são acompanhamos por expressões faciais incrivelmente realistas. Todos os atores estão bem representados, o que encarece a experiência cinematográfica.
O visual, torna facilmente Death Stranding 2 num dos jogos graficamente mais bonitos e realistas da geração.
Som e Trilha Sonora
Um dos pontos fortes do primeiro Death Stranding era a sua trilha sonora.
Aqui não é diferente. A Kojima Productions teve a colaboração de várias bandas e artistas internacionais, dos géneros post-rock e ambient, que ajudaram a criar uma ambientação imersiva.
As músicas trazem a sensação de um ambiente solitário, por vezes melancólico deste mundo pós-apocalíptico. Algumas são tocadas em momentos cruciais da trama, elevando a experiência cinematográfica.
Uma novidade bem-vinda, é a possibilidade de criar playlists e tocar as músicas do jogo, o que torna a jogabilidade mais divertida e menos cansativa.
Sem esquecer de mencionar o elenco incrível deste jogo, que não só deram voz aos personagens, mas também participaram nas capturas de movimento e expressões faciais. A performance excelente dos atores dá vida a estes personagens fantásticos, conseguindo expressar aquilo que sentem e as dores que carregam, até mesmo quando não dizem uma palavra.
Considerações finais
Death Stranding 2 On the Beach, é a sequência perfeita. Evolui em praticamente tudo, mas mantendo a essência do primeiro jogo.
Com uma jogabilidade mais refinada, mecânicas mais atrativas, um visual realista, uma trilha sonora memorável e uma história emocionante, tornou-se facilmente um dos lançamentos mais importantes do ano.
É uma excelente experiência para quem gostou do primeiro jogo, e para aqueles que procuram um jogo focado em história.


